Vadico Militar
Vadico Militar Os três mosqueteiros - Antenor Luz, Lúcio Ricardo Verani e Vadico em Florianópolis - 1932 (Ambos era Carta de Antenor Luz a Vadico e Lúcio - Abril de 1982
Vadico Militar

Os três mosqueteiros - Antenor Luz, Lúcio Ricardo Verani e Vadico em Florianópolis - 1932 (Ambos era

Carta de Antenor Luz a Verane e Vadico (04/1982)

Caros e distintos amigos Verane e Vadico
Lembram-se? Foi há meio século atrás, numa manhã de fim de verão – e chuvosa, recorda Verane – que nos abalançamos deixar família, amigos e a sempre lembrada e querida Orleans, com destino à Capital do nosso Estado, em demanda de melhores dias. Foi no trem do dia 14 de março de 1932 – de que era chefe o inconfundível e popular Antonio Francisco – que partimos, entre alegres e já saudosos de tudo e de todos, os três voluntários à incorporação nas fileiras do glorioso 14º Batalhão de Caçadores, sediado no histórico quartel do Campo do Manejo, em Florianópolis: Verane, Vadico e Antenor.
O marco da empreitada é a data de 2 de maio de 1932, dia em que fomos incorporados ao Batalhão, recebendo, respectivamente, os números 369, 368 e 370, o que nos fez, a partir daí, soldados do Brasil.
Seguiram-se as lides do quartel e cedo já nos adaptávamos à nova vida.
E o tempo correu... Veio a Revolução de 1932. Vadico e Verane foram com a Unidade para o “front”; o terceiro, por motivos de saúde, permanecera no Hospital Militar; ambos se conduziram com eficiência e bravura nas suas missões. E houve troca de correspondência entre os que se deslocaram e o que ficara... E com que avidez eram lidas as cartas vindas da “frente de batalha”, às vezes ligeiros bilhetes escritos a lápis sob o sibilar das balas.
E o tempo correu... Novamente aquartelada a tropa, tudo se normalizou. E aqui não é para esquecer o VADICO E SEU VIOLINO, tocando músicas de saudade e muito apreciadas por quantos se punham à sua volta... e eram muitos! Lembram-se?
Cursos foram feitos; Escolas Militares freqüentadas, e à exceção de Vadico – que não desejou permanecer nas fileiras, os demais, após ingentes esforços, acabaram por atingir o oficialato e nesta situação fazem parte, hoje, da Reserva do Exército. Vadico voltou para a terra de origem, onde ocupou alto cargo fazendário e lá permanece a querer bem, por ele e por nós ausentes, à inesquecível Orleans, de tantas e boas recordações.
E o tempo correu... Agora, graças à magnanimidade do Todo-Poderoso, estamos comemorando “bodas de ouro” do evento.
MEIO CENTENÁRIO!
Nesta página, é certo, haverá faltas de detalhes, de nomes, pois a esponja do tempo apagou muitos deles da memória do signatário; outro voluntário poderá suprir tais senões.
Valem estas linhas apenas para comemorar CINQUENTA ANOS de distância no tempo, assinalando a “aventura de três mosqueteiros” orleanenses, que haviam partido entre alegres e já saudosos de tudo e de todos...
Rio/RJ, abril de 1982.

Antenor

Carta de Antenor Luz a Vadico e Lúcio - Abril de 1982

Carta de Antenor Luz a Verane e Vadico (04/1982)

Caros e distintos amigos Verane e Vadico
Lembram-se? Foi há meio século atrás, numa manhã de fim de verão – e chuvosa, recorda Verane – que nos abalançamos deixar família, amigos e a sempre lembrada e querida Orleans, com destino à Capital do nosso Estado, em demanda de melhores dias. Foi no trem do dia 14 de março de 1932 – de que era chefe o inconfundível e popular Antonio Francisco – que partimos, entre alegres e já saudosos de tudo e de todos, os três voluntários à incorporação nas fileiras do glorioso 14º Batalhão de Caçadores, sediado no histórico quartel do Campo do Manejo, em Florianópolis: Verane, Vadico e Antenor.
O marco da empreitada é a data de 2 de maio de 1932, dia em que fomos incorporados ao Batalhão, recebendo, respectivamente, os números 369, 368 e 370, o que nos fez, a partir daí, soldados do Brasil.
Seguiram-se as lides do quartel e cedo já nos adaptávamos à nova vida.
E o tempo correu... Veio a Revolução de 1932. Vadico e Verane foram com a Unidade para o “front”; o terceiro, por motivos de saúde, permanecera no Hospital Militar; ambos se conduziram com eficiência e bravura nas suas missões. E houve troca de correspondência entre os que se deslocaram e o que ficara... E com que avidez eram lidas as cartas vindas da “frente de batalha”, às vezes ligeiros bilhetes escritos a lápis sob o sibilar das balas.
E o tempo correu... Novamente aquartelada a tropa, tudo se normalizou. E aqui não é para esquecer o VADICO E SEU VIOLINO, tocando músicas de saudade e muito apreciadas por quantos se punham à sua volta... e eram muitos! Lembram-se?
Cursos foram feitos; Escolas Militares freqüentadas, e à exceção de Vadico – que não desejou permanecer nas fileiras, os demais, após ingentes esforços, acabaram por atingir o oficialato e nesta situação fazem parte, hoje, da Reserva do Exército. Vadico voltou para a terra de origem, onde ocupou alto cargo fazendário e lá permanece a querer bem, por ele e por nós ausentes, à inesquecível Orleans, de tantas e boas recordações.
E o tempo correu... Agora, graças à magnanimidade do Todo-Poderoso, estamos comemorando “bodas de ouro” do evento.
MEIO CENTENÁRIO!
Nesta página, é certo, haverá faltas de detalhes, de nomes, pois a esponja do tempo apagou muitos deles da memória do signatário; outro voluntário poderá suprir tais senões.
Valem estas linhas apenas para comemorar CINQUENTA ANOS de distância no tempo, assinalando a “aventura de três mosqueteiros” orleanenses, que haviam partido entre alegres e já saudosos de tudo e de todos...
Rio/RJ, abril de 1982.

Antenor

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